Poemas e poesias

06
Ago 08

 


 

Dos lábios discorrem feitiços, espargem orações.
Crescem-me no peito os dons, a imagem, os olhos
E as mãos em cerimônia anunciam destinos.
O oceano bravio eleva-se em vagas!

Inunda-me a pele erguida em marés num êxtase mágico.
Divido-me em duas: alma e ser flutuante.
Converto-me em magia, inominada, abstrata.
Torno-me cativa dos meus próprios sortilégios...

Flui-me a emoção e a garganta entorpecida silencia.
No fundo insurge encantamentos,
Os deuses içam e com o vento fecundo,
Evoco a tua aparição, sensações longínquas, remotas...

Deságua-me a ilusão dos teus azuis, essências de ti...
Numa dança mágica de sentires sobre o mar do meu coração,
A tua sombra, quimera minha, vagueia lenta e escurece-me o sol dos dias.
No ventre umedecido, deita-me, vagarosamente, a lua, o amor, o astral...

E depois,
desvanece pouco-a-pouco a tua forma.
Perde-se em mim...

 

Claudia Perotti


 


Kama sutra,
lanternas
e velas.

Incensos
e sedas
e telas.

Lençóis macios
de cetim.

Nada!

O prazer mora
em mim.

Em nós.

Toque,
carícia,
umidade,
delícia.

O corpo templo
que se exala lento...

Num suspiro
que se eleva

para além do infinito.

De prazer explícito.

Enquanto o mundo gira,

o prazer transforma.

Estático movimento.

Gozo e tormento

de saber finito.

Tão veloz...

Parte num gemido

e nos deixa

a sós.

 

Sônia (Anja Azul)


 


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