Poemas e poesias

08
Ago 08

 


É o “eu” cortante,
Sem aparas,
A desnudar o lírico,
Numa verdadeira carnificina.

Do “absurdo” de Camus,
Cuja premissa é o ridículo Sísifo,
Remanesce o porquê,
Na tentativa de racionalizar a jornada.

A sobrevivência no deserto
Independe de savanas;
O importante são as miragens,
A iludir a razão.

Trôpego o raciocínio,
Acentua-se a cobardia,
Na inconveniência de encarar
A dura realidade.

A dor do só,
Sentida pelos fracos,
É o absurdo
Do roteiro certo;

Do destino inescapável,
Do traço traçado.
O esquete romanesco
No teatro da vida.
 

Luc Gabriel


 

publicado por Odracir às 23:00

Agosto 2008
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