Poemas e poesias

09
Ago 08

 


É o vento a cantar
É o mar a murmurar
A terra a assobiar
Uma criança a sonhar

Penteando caracóis de ouro
Que são as ondas do mar
Com força de furacão
Poê-se a alma a falar

E as areias tão finas
Da praia e do deserto
São o brilho das moedas
De um tesouro descoberto

São as palavras do vento
Pelos subúrbios do mar
Os assobios da terra
A voz de alguém a chamar

Tudo isto é poesia
Tudo isto é vida e cor
Tudo isto é uma causa
Que tem devido valor

 

Isa Santos


 


 


Sabes de onde vens?
Como chegaste a este mundo?
Não sabes!... Pois muito bem
Aguarda só um segundo...
Vou contar uma história
Que jamais vais esquecer
Como é que a criancinha
Vem nessa vida, nascer...

Quando o pai e a mãe
Fazem juntos a criança
Ficam alegres, felizes
Cheios de amor e esperança

Na barriga da mãe
Tem um lugar reservado
O útero, onde o bebé
Pode crescer sossegado

Chama-se gravidez
O tempo de formação
Tudo tem a sua vez
Durante a gestação

A Mãe fica diferente
Enquanto cresce o bebé
E tanto amor ela sente
Que faz o seu corpo crescer...

É um tempo de tranquilidade
Sossego e harmonia
Mas também é bem verdade...
Um tempo de muita alegria!

O Pai que é amoroso
Quer logo participar
E sempre bem carinhoso
Adora a mãe agradar

Alisa a sua barriga
Fala com o seu filho
Naquele momento ele fica
Com os olhos cheios de brilho...

E a sementinha então cresce
Sentindo-se bem protegida
A natureza nada esquece
Preparando-a para a vida

Chega enfim o dia, a hora
O bebé já vai chegar
E o que importa agora
É a mãe se preparar

Ela vai-se preparando
De forma bem natural
Sente o bebé se pondo
De modo especial

O seu corpo se movimenta
O útero não para de mexer
Os seus ossos afastam-se, o buraquinho aumenta
Dando passagem para o bebé nascer...

A cabeça vem primeiro
Como se fosse espiar
Vai deslizando ligeiro
Querendo logo passar...

Por fim chega a criança, faceira
Que a mamãe logo se põe a embalar
E esta emoção pioneira
É um sentimento que pra sempre vai lembrar

Percebe um intrigado
Pai e mãe a olhar...
Com um sorriso encantado...
Ajeita-se para descansar...

Num ambiente sereno
Repleto de entusiasmo e calo
Este ser ainda pequeno
Traz ao mundo mais amor...

Agora já sabe
De onde vem o bebé
E antes que esta história acabe
Tenho algo a te dizer...

Cada criança que nasce
Causa enorme escarcéu
Pois é uma estrela a menos
Que brilhará lá no céu...

No entanto, aqui na Terra

É algo a se comemorar
Um bebé em si encerra
Foco de Luz a brilhar...

 

Priscila Loureiro Coelho - Adaptado


 

publicado por Odracir às 10:00

08
Ago 08

 


Outra vez

Ah! Se eu pudesse congelar o tempo
Eu não estaria a falar agora em saudade
Ah! Se eu tivesse todas as chaves do mundo
Fatalmente teria trancado a porta
E não estaria agora a chorar a tua partida.
Pois, partiste e nem pensaste em mim
Que fiquei aqui, sozinho, como sempre
Estiveste em todos os momentos de minha vida.
Ah! Se eu pudesse ler pensamentos
Com certeza eu saberia agora o que te levou a partir
Mas, não sei se entenderia os teus motivos
E se os entendesse com certeza
Eu não estaria nem um pouco feliz.
Eu nem preciso adivinhar o futuro
Para saber que estou perdido
E que a minha vida caminha de mal a pior
Sei que o esquecimento é longo
Até esse dia chegar vou sofrer muito
Mas, a vida esta aí e se apresenta pra mim
Eu nem preciso ser metereologista
Para saber que vem chuva grossa
E que a tempestade esta a caminho.
Ah! Mesmo se eu pudesse nascer outra vez
De nada adiantaria, pois a minha vida esta marcada
E eu caminharia outra vez pela mesma estrada.
Mesmo se eu fosse Adão e tu a minha Eva
A Serpente estaria no nosso caminho
De que adiantaria o Paraíso?
Ah! Se eu fosse Deus e não te expulsasse
Como não me castigar pelo meu maior pecado
Que foi amar-te incondicionalmente
E colocar-te acima de todas as coisas.
Ah! Se eu pudesse ser o David Copperfield
E trazer-te para mim num passe de mágica
Mas depois do espectáculo teria que explicar o truque
E todos veriam tratar-se de uma farsa
Transformar-te-ias numa pombinha
E sozinha voarias pra imensidão
E eu a decepção....
Outra vez....

 

Edson Satler


 

publicado por Odracir às 20:00

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